sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Lanceiros Negros

O tempo ... passado, presente, futuro! Nestes tempos, a história sofre alterações, incursões de outros fatos, novos capítulos que modificam narrativas. Pois bem, estamos num contexto festivo no Rio Grande do Sul, alguns ufanismos à parte. Seja como for, é muito significativo o resgate da cultura, a busca de novos significados para a história. A história é viva, portanto está em constante movimento. As narrativas históricas têm vários personagens. Existem aqueles que são protagonistas, os coadjuvantes e aqueles que estão invisibilizados. Neste contexto reflexivo reporto-me à participação dos Lanceiros Negros na Revolução Farroupilha. Como lida a escola com esta abordagem? O que está contemplado no currículo? Até quando silenciaremos sobre o tema? Um currículo que acolha a todos os seus atores e dá voz e vez a todos os grupos étnicos, contribui com a fraternidade e a justiça social. Suscitar no espaço da escola discussões sobre os desdobramentos que a história contempla, discorrendo sobre os diversos enfoques que um mesmo tema apresenta, contribui para a cidadania. Rio Grande do Sul, terra de gentes de todas as cores, de todos os credos, de diferentes jeitos, de diferentes sons, do chimarrão e churrasco (sem faltar a farinha de mandioca), de vários sotaques. Rio Grande de várias histórias, de diferentes atores. Rio Grande do índio, do negro e do branco. Rio Grande do meu país - o Brasil.
Texto: Maria Ester Martins do Nascimento
Imagem: Internet

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